terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pilates, descubra o método!

O método de Pilates, que já foi considerado por especialistas a “ginástica mais eficiente de todos os tempos”, é praticado há mais de 80 anos tendo sido divulgado por todo o mundo nas últimas décadas. O método tradicional foi sofrendo várias alterações, tendo já sido transportado para o âmbito clínico, onde já deu provas de ser extremamente valioso principalmente no tratamento de disfunções na coluna vertebral.
        Baseando-se em princípios básicos como o alinhamento, a respiração e a activação do centro corporal (abdómen, coluna e região pélvica), este método envolve uma série de exercícios que promovem um aumento de força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação e resistência. Quem pratica tem benefícios como o aumento da energia nas actividades de vida diária e profissionais, redução do stress e da fadiga, alongamento muscular e aumento da estabilidade do centro corporal, promovendo um melhor suporte para a coluna vertebral. Já se mostrou eficaz inclusivamente no tratamento e prevenção de depressões.

Sabia que após ter a primeira dor lombar a probabilidade de voltar a sentir novamente essa dor é de 80%? Com a prática de exercícios de Pilates específicos, essa probabilidade pode ser reduzida em 35%!
        Este método pode ser praticado por todos, a partir dos 12 anos e sem limite de idade já que os exercícios são adaptados de forma a respeitar a individualidade, os objectivos e os limites de cada um. Por isso, se quer tratar algum problema ou simplesmente quer manter o bem-estar, a força física e um corpo saudável, experimente!

“Hábitos incorrectos são responsáveis pela maioria de nossas doenças, se não por todas elas.” (Joseph H. Pilates)

Diana Silva
Joana Viterbo
(Fisioterapeutas)

(Publicado no jornal "A Voz de Gaia", edição nº490, e no jornal "A Voz de Ermesinde", edição de 30/09/10).





A importância do Tacto no Ser Humano

      “Vamos desenhar um quadrado na mão, com 1 cm de lado.”- Assim começa a viagem pelo mundo do Toque. Convidamos os leitores a embarcarem!
     Nesse quadradinho desenhado na nossa mão encontramos, em média: 5 milhões de células, 2 receptores de calor, 12 receptores de frio, 25 receptores de pressão, 200 receptores de dor, 170 glândulas sudoríferas, 5,000 receptores proprioceptivos, 4 metros de fibras nervosas, 1 metro de vasos sanguíneos, 5 fios de pêlo.
Com estes dados podemos perceber a importância de um abraço, um toque, um carinho, ou um colo, na vida de uma pessoa, no desenvolvimento de uma criança.
       O toque é uma das nossas necessidades básicas, tendo sido já verificado que tanto pessoas como animais se desenvolvem muito lentamente ou morrem mesmo, se forem dele privados.
      A necessidade do toque tem uma base biológica: o tacto é o sentido que se desenvolve mais cedo (investigações demonstram que já na sétima semana de gravidez, o bebé reage ao toque), é o sentido mais abrangente e fundamental do ser humano. É o primeiro a desenvolver-se no ventre, e o último a deixar-nos no final da vida.
    Com a disponibilização de novas investigações, começa-se a verificar que o toque tem benefícios médicos.
Em estudos do Touch Research Institute, bebés prematuros sujeitos a terapia por massagem aumentaram 47% mais peso do que os não massajados, tinham sono mais profundo, os seus níveis de hormonas de stress diminuíram, e tiveram alta 4 dias mais cedo.

 “ A linguagem dos sentidos, na qual todos podemos ser socializados, é capaz de ampliar a nossa valorização em relação ao outro e ao mundo em que vivemos...Tocar é a principal dessas outras linguagens. As comunicações, que transmitimos por meio do toque, constituem o mais poderoso meio de criar relacionamentos humanos...o bebé dependente está destinado a crescer e a desenvolver-se socialmente por meio de contacto e, por toda a sua vida, a manter contacto com os outros... “ Ashley Montagu

Diana Silva
Joana Viterbo
(Fisioterapeutas)

(Publicado no Jornal " A Voz de Ermesinde", na Edição de 20.12.10, e no Jornal "A Voz da Póvoa, na Edição de 29.12.2010)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Dores de Crescimento

O seu filho acorda a meio da noite a chorar com dores nas pernas? Por muito que procure e lhe faça exames não encontra equimoses, vermelhidão nem inchaço? No dia seguinte acorda sem dores e faz todas as suas actividades normais sem nenhuma queixa? Não parta do princípio que é invenção, o seu filho poderá estar a sofrer com as chamadas “Dores de Crescimento”.
Este termo foi introduzido em 1823 por Duchamps por serem dores apresentadas durante o processo biológico do crescimento, mas na realidade, embora estas dores sejam reais, não estão relacionadas directamente com o crescimento da criança, visto que não se iniciam nem tem maior incidência nas fases de maior crescimento e que raramente afectam os membros superiores ou outras zonas do corpo também em crescimento.
 Estas dores não têm uma origem conhecida, mas sabe-se que atingem maioritariamente os membros inferiores, podem surgir entre os 3 e os 15 anos de idade e tem um ligeiro predomínio em meninas. Normalmente as dores são intermitentes ocorrendo ao fim da tarde ou na primeira metade na noite, nunca de manhã, ao acordar.
Cada episódio pode durar cerca de 30 minutos e pode surgir várias noites por semana, durante meses ou anos. A dor ocorre habitualmente nos dois membros e é vaga, a criança não consegue dizer especificamente o ponto onde lhe dói.
É fundamental referir que o componente emocional e psicológico da criança está muitas vezes relacionado com as dores de crescimento, podendo predispor ao seu aparecimento. Frequentemente as crianças afectadas têm pesadelos, medo do escuro, estão a passar por conflitos familiares, o nascimento de um irmão ou simplesmente a entrada para a escola. Há também o componente hereditário que não podemos esquecer, o facto de os pais terem sentido dores semelhantes na infância, aumentam a probabilidade de os filhos passarem pelo mesmo.
            Se estar a passar por esta experiência com os seus filhos, fique tranquilo, estas dores são de carácter benigno, não deixam sequelas e aliviam com uma massagem, calor local e alongamentos. Assegure-se que a alimentação da criança é equilibrada e rica em lacticínios para assegurar um bom crescimento ósseo!

Diana Silva
Joana Viterbo
(Fisioterapeutas)

(Publicado no Jornal "A Voz da Póvoa", edição de 27/10/10).